Feedback! Desde o início da infância nos acostumamos a receber cumprimentos e elogios. Passamos a dar ouvidos apenas às pessoas que enaltecem nosso trabalho e inflam nosso ego. Elogios são bem vindos, porém eles não evidenciam pontos que podemos utilizar para melhorar nosso produto, processo, vida profissional ou pessoal. Precisamos mesmo é de um bom feedback.
Buscando o bom feedback
Trabalhei em uma empresa que tinha um produto utilizado por milhares de usuários internos e externos. Esse produto foi construído com base nas opiniões de algumas dezenas de stakeholders internos.
Passado algum tempo, o time percebeu que esses stakeholders pediam cada vez menos alterações e só faziam elogios. Inconformados, colocaram na função principal do produto um link para um questionário com uma única pergunta aberta: “Qual problema você teve para realizar está função?”.
Ao colocar a palavra problema, deixaram claro que não queriam elogios. O resultado do questionário foi a redefinição completa do site, do ícone até a alteração do fluxo principal do produto.
Esse exemplo pode ser extrapolado para a vida profissional. Normalmente ficamos esperando passivamente um gerente ou nosso time nos fornecer feedback. Quando foi a última vez que você perguntou para alguém: Quais problemas você percebe no meu trabalho? Quais foram as expectativas que eu não consegui atingir? Como eu poderia ter te ajudado? As respostas a essas perguntas podem ser duras, mas são elas que proporcionam a melhoria contínua da sua vida profissional.
Recebi um feedback. O que eu faço?
Os pontos de atenção do feedback são como presentes recebidos. Você pode guardá-los no fundo da gaveta e nunca mais utilizá-los ou incorporá-los a sua vida. Caso você opte pela segunda opção, crie o seu Backlog de Feedback. Descreva o problema que você deseja resolver, os objetivos que você deseja atingir e as métricas que indicarão se você está indo no caminho correto. Liste e priorize as ações que farão você atingir seu objetivo, execute, avalie e se adapte.
Enquanto desempenhava o papel de Agile Coach, recebi um feedback indicando que a minha voz era muito grave e difícil de entender. Algumas pessoas ficavam com cara de interrogação enquanto eu falava. Outras perguntavam: “o quê você disse?”, “Que?”, “hein?”…
A partir desse problema, tracei o objetivo: Aumentar a minha habilidade de comunicação. A meta era extinguir a quantidade das perguntas apresentadas acima até o Rio Scrum Gathering Quando eu participaria da Coaches Clinics.
Sabia que não seria uma tarefa fácil e busquei ajuda profissional de fonoaudiologia. Acompanhei o progresso da ação contando toda vez que alguém não entendia o que eu tinha falado e pedia para eu repetir. O gráfico abaixo demonstra a evolução e como alcancei meu objetivo.
Se você tem recebido apenas elogios, está na hora de coletar feedbacks que permitam melhorar nossa vida profissional ou pessoal.
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